domingo, 15 de novembro de 2009

MENSAGEM - A JOVEM MOÇA

Uma jovem fora criada no interior de São Paulo. Seus pais, um tanto antiquados, costumavam reagir mal ao seu piercing no nariz, às músicas que ouvia e ao comprimento de suas saias; de vez em quando eles a repreendiam e ela fervia por dentro.
"Odeio vocês!", gritou para o pai quando ele bateu a porta do quarto dela depois de uma discussão. Naquela noite, a jovem realizou um plano que mentalmente já ensaiara dezenas de vezes. Ela fugiu de casa.
A jovem havia visitado o Rio de Janeiro apenas uma vez, em uma viagem de ônibus com os jovens da igreja para ir à praia. Os jornais descreviam em chocantes detalhes as gangues, as drogas e a violência no Rio de Janeiro; ela concluiu que provavelmente seria o último lugar onde seus pais a procurariam.

No seu segundo dia ali, ela conheceu um homem dirigindo o maior carro que já vira na vida. Ele lhe ofereceu carona, pagou-lhe um almoço e arranjou um lugar para ela ficar. O homem deu-lhe alguns comprimidos que a fizeram sentir-se melhor do que jamais se sentira. Ela se sentiu ótima e concluiu: seus pais não permitiam que ela se divertisse.
A boa vida continuou durante um mês, dois meses, um ano. O homem com o carrão — ela o chamava de "chefe" — ensinou-lhe coisas de que os homens gostam. Sendo menor de idade, os homens lhe pagavam mais. Ela morava em um apartamento pequeno e podia encomendar o que precisava. Ocasionalmente, pensava nos pais em casa, mas a vida deles lhe parecia tão chata que mal acreditava que fora criada ali.

Ela se assustou ao ver sua foto em um jornal com os dizeres: "Vocês viram estas crianças?". Agora, porém, com o cabelo tingido de loiro, e com toda a maquiagem que usava ninguém a consideraria uma criança. Além do mais, a maioria dos seus amigos também fugira de casa, e ninguém dava com a língua nos dentes.
Depois de um ano, os primeiros sintomas incipientes da enfermidade apareceram, e ela ficou surpresa com a crueldade do chefe. "Hoje em dia, a gente não pode facilitar", ele rosna; antes que a jovem percebesse, estava na rua sem um tostão. Ela ainda conseguia ganhar alguma coisa de noite, mas não lhe pagavam muito, e todo o dinheiro era usado para manter o vício. Quando chegou o inverno, ela se encontrava dormindo nas grades de metal do lado de fora de uma loja. "Dormir" não é a palavra certa — uma adolescente sozinha na noite no Rio de Janeiro não pode nunca baixar a guarda. Estava com olheiras profundas. Sua tosse piorava.

Uma noite ela se encontrava acordada, atenta ao barulho de passos; de repente, tudo ao seu redor pareceu diferente. Ela não se sentia mais como uma mulher do mundo. Sentia-se uma menininha perdida em uma cidade fria e assustadora. Começou a soluçar. Seus bolsos estavam vazios e estava com fome. Precisava de uma dose. Trêmula, encolheu as pernas debaixo dos jornais que empilhara sobre o seu casaco. Alguma coisa acionou uma série de lembranças e uma imagem preenchia sua mente.
Deus, por que eu fugi? Ela disse para si mesma, e uma dor traspassa seu coração. Meu cachorro em casa come melhor do que eu agora. A jovem estava soluçando e, imediatamente, percebeu que desejava voltar para casa mais do que qualquer outra coisa no mundo.

Três telefonemas, todos caindo na secretária eletrônica. Nas duas primeiras vezes, ela desligou sem deixar uma mensagem; na terceira, porém, disse: “Papai, mamãe, sou eu”.
Estive pensando em voltar para casa. Estou pegando um ônibus e chegarei aí amanhã lá pela meia-noite. Se vocês não estiverem me esperando, bem, acho que ficarei no ônibus e irei para São Paulo.
Durante o tempo que ela ficou no ônibus percebeu os erros no seu plano. E se os pais estivessem fora da cidade e nem tivessem ouvido a mensagem? Não deveria ter esperado outro dia para poder falar com eles? E, mesmo que estivessem em casa, provavelmente já a consideravam morta há muito tempo. Deveria ter-lhes dado um tempo para se recuperarem do choque.

Seus pensamentos pulavam de lá para cá entre as preocupações e o discurso que estava preparando para o pai. "Papai sinto muito. Sei que estava errada. A culpa não foi sua; foi minha. Papai, você pode me perdoar?" Ela repetiu as palavras muitas e muitas vezes, com a garganta apertada enquanto as ensaiava. Nos últimos anos não havia pedido perdão a ninguém.
Quando o ônibus finalmente entrou na rodoviária, ela se examinou em um espelhinho, alisou o cabelo e limpou o dente manchado de batom. Olhou para as manchas de fumo nas pontas dos dedos e ficou imaginando se os pais iriam perceber, se estivessem lá.
A jovem entrou no saguão sem saber o que esperar. Nenhuma das milhares de cenas que passaram por sua cabeça a prepararam para aquilo que viu. Ali, naquele terminal de ônibus estava um grupo de quarenta parentes, irmãos e irmãs, tios e primos, uma avó e uma bisavó para recebê-la. Todos eles estavam usando chapeuzinhos de festa e assoprando apitos; na parede do terminal havia um cartaz, dizendo: "Seja bem-vinda!".
Da multidão que a recepciona irrompe o papai. Ela olhou para ele através das lágrimas que brotavam dos seus olhos e começou o discurso memorizado: "Papai, sinto muito. Eu sei...".
Ele a interrompeu. "Quieta, filhinha. Não temos tempo para isso agora. Nada de pedidos de desculpas. Você vai chegar atrasada na festa. Lá em casa há um banquete esperando por você."
“Mas papai, eu não sou mais tão inocente como eras antes, várias coisas aconteceram comigo”, ela disse.

Com um abraço apertado o pai sussurra no ouvido de sua filha: “Para mim você sempre será a minha menininha, eu nunca vou deixar de te amar”.
Não sei o que você tem enfrentado, quais são seus problemas, dilemas, dificuldades, medos. Mas uma coisa eu tenho certeza, VOCÊ TEM UM PAI, um pai que é apaixonado por você. Esse Pai te ama tanto que diz que nada que você faça vai fazer com que Ele te ame mais ou menos, porque Ele simplesmente TE AMA. O amor dele por você é tão grande que Ele nunca vai desistir de você, por isso enviou o Seu próprio filho pra morre no seu lugar, para te salvar e te levar de volta para Ele.

Deus está de braços abertos te esperando, Ele nunca vai deixar de te amar!
Leia: (João 3:16)

Que Deus te abençoe!
ABUB Einstein

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